Neymar durante partida contra a Suiça Getty Images
Antes do jogo, nas ruas de Rostov, os torcedores brasileiros, em maior número que os suíços, eram só empolgação. Cravavam vitória com larga vantagem. Natural, já que a torcida fica bastante empolgado em dia de jogo, ainda mais em Copa do Mundo. Só que na prática todo mundo sabia que o jogo seria muito difícil, como realmente foi.
A comissão técnica da seleção brasileira sempre colocou a Suíça como o melhor adversário da primeira fase. Além disso, a estreia leva carga maior para todos em campo.
Nos dois últimos amistosos, o Brasil demorou para entender o jogo do adversário. Já contra a Suíça, precisou de apenas cinco minutos para encaixar sua proposta e dominar boa parte do primeiro tempo. O golaço de Philippe Coutinho deu traquilidade para o time, que subiu a marcação e ganhou praticamente toda segunda bola. Não foi ameaçado pelos suíços, mas também parou de finalizar e criar chances de gol.
Sem ser ameaçada, a Suíça voltou a arriscar e saiu mais para o campo ofensivo. Nos últimos dez minutos passou novamente a ter posse de bola superior e tocar bem na intermediária de ataque, mas Alisson não precisou trabalhar.
Tite sacou Casemiro e colocou Fernandinho, depois mandou Renato Augusto a campo na vaga de Paulinho. Coutinho caiu para a direita e Renato passou a criar pela esquerda, além de ajudar a fechar o corredor por onde Lichtsteiner e Shaqiri atacavam com facilidade. O Brasil melhorou apenas nos últimos minutos, quando quase fez o segundo gol com Roberto Firmino, Miranda e depois Renato Augusto.
No final das contas, o Brasil teve 21 finalizações com 53% de posse de bola, mas apenas quatro chutes certos - contra seis no total dos suíços e quatro no alvo. A partida foi complicada como previsto, e apesar do erro da arbitragem no gol de Zuber, a Suíça equilibrou as ações em campo e dificultou ao máximo a atuação brasileira. O árbitro interferiu no resultado, até porque deveria ter consultado o VAR, mas isso não pode diminuir o bom rendimento dos suíços, dentro das limitações que têm.
Sobre Neymar, ele sofreu dez das 19 faltas cometidas pela Suíça. Há duas explicações: segurou muito a bola e os suíços bateram bastante - na prática, ambas estão certas e relacionadas.
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